quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Das branduras
Descobri:
suavidade
é coisa
mandada.
Coisa feita.
Vem de
encomenda.
Qualquer
delicadeza
tem a missão
de acertar
em cheio
(hole in one)
o coração
da gente.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Roupas da alma
Existe
"saia do passado",
existe
"vestido de presente",
e existe
um "terno futuro".
Vê? Existem roupas
que combinam mais
que outras com você.
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Se ouço a tua música
Quando a noite
me pede
passagem
para algum
passado
(suspenso por grua)
regurgitado
do meu peito,
eu acendo
velas suadas
voltadas para
o sentido
do meu futuro.
Velas encerram.
Velas põem
a caminho.
Deixo assim
que a parafina
cumpra
seu papel
impermeabilizante:
sele estórias,
isole os tempos
liquefeitos
nos verbos,
e repila
a água quente
que me brota
dos olhos.
A cerca do futuro
Aqui estou,
tensa,
diante desse
future tense
que chega
daqui a pouco
num jet plane
com flight plans
que desconheço.
domingo, 6 de novembro de 2016
A vida nas asas de Brasília
Nuvens em flocos,
sorvete de flocos,
clima de Marrocos,
a vida em blocos
e você assim...
todo derretidinho.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Pés brancos
Eles vadiam
pela tua poesia,
voam fantasmados,
pousam perto de ti
a te rogar abrigo.
A pedir tua proteção,
a te exigir um destino.
Meus pés brancos
buscam o rumo
da vida em tuas mãos.
Querem a tua sorte,
a insensatez de vagar,
almas penadas,
mundo afora contigo.
"Broto"
Eu venho
de chãos
quentinhos,
sou
winged seed.
Se me guardo
by your side,
é que confio
em seu refúgio
para me
reverdecer.
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