Há um sono mulher,
peixes dormidos no feminino,
Mas que de olhos arregalados,
nadam semimortos
por glaciares Antártida;
Açaimados, nadam
pela política da América;
Abstrusos, nadam
pelas minas de pedras
e pelo animal África;
Que de olhos aguados
nadam pela Ásia,
que nas artes
e na moda Europa,
nadam desolados;
E na Oceania,
e onde mais se acham,
fogem de arpões,
quebram fronteiras,
se indispõem com demarques;
E embora sonados,
Sempiternamente, nadam.
Nadam lá dentro do feminino.
E ainda que nunca acordem
onde em sonhos estiveram: nadam.