Nunca leu Bakunin. Graças a Deus. Bakunin iria se apavorar com ela. Não gosta da crueza de Nietzsche. Augusto dos Anjos, me livre! Acha Guimarães Rosa um vesgo literata, olha o certo e o escreve errado. Quintana é simples demais. Leminski não aprofunda. Adora Hemingway. Só ouve música clássica. O papo dela é "harmonia". Casal só se for hetero e a casa tem que ser linda e perfumada. O inferno é quente mesmo... e o diabo é como se pinta. Ela é contra até quando no inferno, a gente abraçar o diabo. É mole? Esta menina...
Para ela, o destino já vem traçado, o marido já vem escolhido. A morte vem no dia certinho. Não se antecipa nem se adia a morte. Tipo: "Casamento e mortalha no céu se talha." A meninazinha é organizada. Quer tudo "como dantes no quartel de Abrantes, é toda composta por essas tirinhas populares. Segue costumes. Ninguém a engana, porque "não compra gato por lebres". É chata. Até as "roupitchas" dela, vestidos, saias e blusas tem babadinhos e florezinhas miudinhas mamãe dolores. "Romantiquíssima", entenda-se aqui; romântica e antiga. Só anda com seus pares para não ser uma maçã também podre. Pode?
Esse tipo de livro não lê. Aquele tipo de viagem nunca fez. Calma...só a Paris, New York, Itália e London. Religião só é a tal. Deus é só um. Todo santo só faz o bem. Nunca foi a um terreiro. Infeliz é só quem tem "contas a acertar", do tipo: "Deve a Deus paga ao Diabo". Até remédio é droga!
Nunca pechincha, nem vai à feiras. Dá gorjeta com forma de ajudar as pessoas. Acha o rock não ruim, mas coisa do cão. Poesia é com Bilac. Piano só remete à Mozart. Nunca blefa no jogo nem na real, não faz careta para não entortar a cara. Não dá a cara à tapas. Não enxerga nos óculos escuros, lá atrás. Usa "modelitchos combinandinhos", sapatilhas de laçarotes, "strass" na sandália. A mulher é estranha. Sonha ir a Bariloche...
Ela é do tipo que; fugiu do prumo...é "esquisito". Ganhou um grama, engordou. Só sonha organizado, a pobre. O sonho tem começo, meio e fim. Nem sonha à noite, faz é projetos. Quer marido engravatado como forma indireta de sufocar-lhe a garganta. E seu salto é quinze, agulha. Odeia motivos afros em roupas e acessórios, e decote; só vê como vulgar. Palavrão só pra homem e no lugar "apropriado". Só pensa em sexo, ao deitar. Só sexo de duplinha, ou seja, acompanhado de amor. Toda certinha. Não toma café puro, sem açúcar. Só compra quando pode, não estoura cartões.
"Não fala com pobre, não dá mão a preto e não carrega embrulho"...ela é assim. Caminhos para ela, só levam a Roma e nunca a rumo. Na infância, nunca matou um passarinho porque é coisa de moleque. Não transgride. Nunca brincou com a resina que brota das árvores, nunca sentiu a dor de pisar um caco de vidro porque não andou descalça. Desgraça é palavrão e quando mente, a coitada reza até. Faz unha toda semana. Judiação! Nunca dormiu sem passar creme. Não toma café depois das seis da tarde. Vai à praia para se bronzear. Tudo nela, perfeitinho. Ela é mesmo muito estranha. Nunca tomou vinho do porto sentada no meio-fio, na madrugada. Nunca tomou um porre de pingão. Passa no boteco e vira a cara. Caminha devagarinho e um passo de cada vez. Atemporal ela. Não canta pneu... Liga o carro como aprendeu: Liga a ignição, põe primeira e vai soltando a embreagem e apertando o acelerador len-ta-men-te. Eu, heim! Vai ser obediente lá longe! Ela tem relógios pequenos e delicadinhos. Olha a hora a todo segundo, porque "tem hora para tudo". Não tem uma hora que tudo para. Só deseja o bem às pessoas e só pensa em todo mundo com amor no coração. Anacrônica, ela. Dorme cedo e nunca sentiu a cruviana... esta delícia!
Esta menina ou essa mulher... não pode ser boa. Deus não pode gostar de um negócio desses de jeito nenhum!
Ela é do tipo que; fugiu do prumo...é "esquisito". Ganhou um grama, engordou. Só sonha organizado, a pobre. O sonho tem começo, meio e fim. Nem sonha à noite, faz é projetos. Quer marido engravatado como forma indireta de sufocar-lhe a garganta. E seu salto é quinze, agulha. Odeia motivos afros em roupas e acessórios, e decote; só vê como vulgar. Palavrão só pra homem e no lugar "apropriado". Só pensa em sexo, ao deitar. Só sexo de duplinha, ou seja, acompanhado de amor. Toda certinha. Não toma café puro, sem açúcar. Só compra quando pode, não estoura cartões.
"Não fala com pobre, não dá mão a preto e não carrega embrulho"...ela é assim. Caminhos para ela, só levam a Roma e nunca a rumo. Na infância, nunca matou um passarinho porque é coisa de moleque. Não transgride. Nunca brincou com a resina que brota das árvores, nunca sentiu a dor de pisar um caco de vidro porque não andou descalça. Desgraça é palavrão e quando mente, a coitada reza até. Faz unha toda semana. Judiação! Nunca dormiu sem passar creme. Não toma café depois das seis da tarde. Vai à praia para se bronzear. Tudo nela, perfeitinho. Ela é mesmo muito estranha. Nunca tomou vinho do porto sentada no meio-fio, na madrugada. Nunca tomou um porre de pingão. Passa no boteco e vira a cara. Caminha devagarinho e um passo de cada vez. Atemporal ela. Não canta pneu... Liga o carro como aprendeu: Liga a ignição, põe primeira e vai soltando a embreagem e apertando o acelerador len-ta-men-te. Eu, heim! Vai ser obediente lá longe! Ela tem relógios pequenos e delicadinhos. Olha a hora a todo segundo, porque "tem hora para tudo". Não tem uma hora que tudo para. Só deseja o bem às pessoas e só pensa em todo mundo com amor no coração. Anacrônica, ela. Dorme cedo e nunca sentiu a cruviana... esta delícia!
Esta menina ou essa mulher... não pode ser boa. Deus não pode gostar de um negócio desses de jeito nenhum!