O que me traz de volta é a bravura
No esfarrapar do vestido,
dentada de nímios quilos,
reticente dor aguada.
O que me traz de volta é o cansaço
Mornos poços, postas águas,
arranhões, ruas escuras.
Pés em pausa. Paradas. Portos. Pontos.
O que me traz de volta é a cicatriz
Dos joelhos na calçada,
da vastidão do meu nada,
da vida espalmada de atriz.
O que me traz de volta é o sentido
Senti do que tem o vívido,
sentido que tem o vivido,
sentir (sem ti) do que tenho sentido.