Nunca soube temporalizar meus amores. Tudo é tão vivo. É do meu passado? Esteve no meu futuro? Estará no meu presente? Para mim a rigidez do tempo transveste, falseia, armadura muito. E um tempo convencionado não cabe, não veste os amores que trago.
Como um Michelangelo os amores que vivo são grandes obras inervadas, inacabadas. O verbo deles é sempre gerundial: passando, presenteando, futurando. Meus amores são assim, pecaminosamente, reticenciados. Todos.
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