Se te faço confundir,
nem me perdoa.
Mas toda beleza
do fardo de um fogo
só se totaliza na leveza do apagar.
Leve: fogueira nenhuma
acende afirmativas do eterno.
Nem perdoa, meu amor,
se te acinzento tanto,
quando teu enfim, nalgum
presente pintalgado nos futura.
Por teus beijos
crédulos,
por meus beijos
desprevenidos,
por meu amor
acrômico...
Tampouco me desculpe,
viu, seu moço,
pelo desfuturo
que te anoiteço ano a ano;
é que o sem-fim
que eu conheço,
não vive aqui fora,
mora no intáctil humano.
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