A mulher
abre a janela,
não sente a rua.
Um passarinho
faz piruetas
no fio de ouro
daquele pescoço
quase sem aorta,
O moleque
empina
a cidade na pipa,
e faz cócegas
naqueles
olhos sem graça
E o dia
faz renda
no horizonte
e fura
a tela surreal
de seu tempo;
Mas enredada
no linde
de seu ontem,
nem os olhos
da mulher
atravessam a janela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário