quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
Meus sobejos
Em ciscos silábicos,
por cartas de amor ventadas,
meus dias se vão
por debaixo da porta,
Em cinzas de letras,
como livros na fogueira,
meu riso vira carvão:
ironiza o branco dos meus dentes;
Em restos de mesa,
minha falta de fome
espalha migalhas de inanição
na toalha de rosas desfolhadas
Em gotas borrifadas
os sentidos evaporam-me,
e em nuvens cinza solidão
sobro-me aqui, em partes.
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