O homem na cama
A cabeça cirandava
no travesseiro
de penas
e sonhos apenados,
Os pés deixaram
os passos lá fora.
As mãos
acenavam
para o passado.
A morte lenta
descia sua luz fraca
no tablado
de seu corpo
apoucado.
A luz da janela
batia naquele rosto
e o condenava
à escuridão da cama.
No chão,
a mal lavada alma,
Uns dedos grossos
engatilham a calma,
E todos os dias
ao seu ouvido
a vida fica ali,
zunindo em despedida.
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