sexta-feira, 18 de maio de 2018

Poema ventilado




Biruta:
vento-me
em todas
as tuas direções.

Caber-me em ti
a comportar-me,
bastar-me bastar-te
_ eternos desafios.

Vejo o balanço
da embarcação,
sinto nos cabelos
a rosa dos ventos.

Não te falto,
folgo,
farto-te.

E tu me transpiras.
Suas-me,
há sobejas de mim
por todos os teus poros.

E eu, anjo
em minha lira,
só te cata-vento.
Mais nada. 






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