segunda-feira, 19 de novembro de 2018
"Dos vazios"
Chacoalha
a lata,
procura
o rosário,
a escola,
o trabalho;
Vira a lata,
procura
documento,
pai,
registro
ou um tiro
pela culatra;
Sua
no retângulo
de metal
o mundo
redondo.
Quão fundo
é o coração
do container.
Fareja
no Estado
um amor
que degradado,
um apego,
um ego.
O casto,
no imundo.
Procura
levezas:
carro, avião,
carona, vento
e o chão
de sua Bahia
no mapa,
sempre
à deriva.
Se ilha
na poesia
responsiva.
Revira
espaços
impostos,
se entala,
se fura,
posto em postas,
se desiguala.
Vasculha,
fuça,
inquire,
busca
o inseto
que espicaça,
a seringa
extratora,
um pico
que fure
o balão cheio
dos vazios
da procura.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário