Sonha doce
em minha eira,
Achega-te,
Beira-me,
Pousa à sombra
da minha asa, copaíba, aba;
Carambola, ingá, cajá,
manga, mangaba;
Em meu cerrado, a flor da gabiroba
abre saudades;
Já penso ir-me embora,
E já vou indo.
Somos frutas ímpares
em pares;
Quero-te solto
em meu chão,
Te quero
preso nos ares,
Quero-te
ilha, liberto,
Te quero (de longe)
Bem perto;
Fruta desverde
apensa ao pé,
Fruta madura
desprendida;
E digo que te quero, eu,
Logo eu, que tenho gasto
tanto adeus em minha vida...!
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