O beija-flor vive de floreios em
sua realidade
Eu vivo de poetar em floradas
racionais o que sinto
Tu vives de acordar a conveniência
de teu sonho em botão
Deliramos em conjunto
Alucinamos coletivo - o
beija-flor, tu e eu
Numa vida enfadonha e fantasiosa
estouramos bolhas de sabão coloridas em nossa fronha
Teço teias vívidas com fios de
tuas veias
Enredo-me no azul do teu sangue
lento meu domínioNa papoula, o beija-flor zonzo sonolento
No emaranhado de nossa presença
No fim de meu túnel à luz da
tua verdadeO pesadelo da pertença
Possuo-te, mas não sou tua
És meu, e não me pertences...
Dia virá quando o beija-flor, tu
e eu, exaustos
Sem o torpor que a papoula
deu
Sem a tendência do acorrentado
Prometeu
Viveremos de vida, numa grande
bolha colorida
Sem hora dividida, sem tempo definido, sem sombra de ida
Com flores, méis, beijos, anéis e
um beija-flor sóbrio
Longe dos véus, longe e num céu
que nos ronda e quer
Que lindo enamorando, esses pássaros tão efêmeros que chegam, pousam, extraem o néctar e sai deixando o encanto do momento vivido...
ResponderExcluirÓtima sexta para você, Lécia!
Will, meu visitante das sexta-feiras, obrigada. Temos sempre um ou outro poema, ou uns e outros poemas guardados no cantinho do peito, esse é dos meus prediletos. Bjus.
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