segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Uma garrafa ao mar


                                                

        Pessoa, escrevo agora como se eu estivesse colocando um papel escrito  dentro de uma garrafa, arrolhasse e fosse jogar ao mar. Na verdade já está lançado ao mar esse texto, a partir de agora. Lançado a um mar de palavras que dão sentido ao mundo, que adquirem significados diversos; que revolvem, revoltam, acalmam, incitam, mas que não permanecem cruas, nem puras, como saíram de mim.
       Escrevo assim tão circunspecta e segura de assim poder fazê-lo, por acreditar que você pode transformar o que escrevo, mudar os sentidos do que digo, se o quiser; mas o que escrevi permanece comigo.  O que quero dizer está sendo levado a você, está transportado via esta garrafa aqui, mar afora. Foi exportado de alguma maneira e sei que mesmo tendo,  e sofrendo modificações por traduções, por sentidos...significantes e ou significados, como o diria o russo Vygotsky, ainda assim um pouquinho de mim, viaja até você. Um pouquinho de mim, há de compor você, agora e talvez para sempre. 
       Não sei se em razão do título do blog, uma coisa muito estranha e interessante está acontecendo, hoje vendo as visualizações notei um acréscimo muito grande de pessoas que estão acessando o blog de outros países. Fiquei deslumbranda, é claro. Quero saber quem são vocês todos. Quero conhecê-los. Vejam os números se não são merecedores deste texto charmoso: Até agora, no Brasil, trezentas e quarenta pessoas acessaram o blog, tive dezenove visitantes da União Soviética (Google tradutor, não me passe vergonha, seja bonzinho comigo aí...), dos Estados Unidos, foram dezoito pessoas; na Alemanha, foram nove; Croácia, três acessos. Da Malásia, dois acessos, e da Bélgica e de Portugal tive um acesso de cada país. Esses dois últimos suponho saber quem são.
        Vamos pensar. Afora os enganos que são totalmente previsíveis...os acasos, os acessos às páginas que não se quer; tem gente lendo o blog. Quero saber quem é, quero conhecer. Parece tolo, mas é importante. Quando alguém atira  uma garrafa de mensagem ao mar, imagina que alguém vai encontrá-la. Faz planos desse encontro. Imagina o navegante que irá tomá-la em suas mãos e até consegue experimentar a expressão surpresa que essa pessoa terá. Se minha linguagem for condizente com a sua, só resta a interpretação. É só a semântica. Se forem idiomas diferentes, muito da poesia será roubado na tradução. Mas a essência da beleza de escrever e de ler, essas; se calarão em nós. A isso, acolheremos mansinho dentro da gente. A mensagem que será lida sublinearmente é maior, é de ser humano para ser humano. E isso se fará de forma tão mágica que até o mais rude animal com esta nossa garrafa na mão; há de se "perceber" humano.
         Para conhecer você...preciso de recadinhos. De comentários no blog, e se quer fazê-los o meu e-mail é: lelucadf@gmail.com
         

6 comentários:

  1. Eis-me aqui com sua mensagem em mãos (?), surpreso com tanta poesia que transborda. Evoé!

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    1. Não acredito na poesia de mão única. Você é que tem olhos "poetizados", "poetizantes" ou poéticos, como queira. Venha mais por aqui e obrigada...

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    2. Como o mar parado nas fotografias, eu vou e volto. Permaneço. Retalhado, rendo-me à mensagem náufraga da poeta.

      Blog c

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  2. realmente, tua garrafa/palavra arrebenta feito onda gigante as margens de qualquer coração e, vestida de farol, acalenta o naúfrago que reside em cada alma...

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    1. Vânia,adoro sua poesia! Aproveita a maré e vem...

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    2. obrigada!!! tenho que arrumar um jeito de arrumar um tempo de arrumar um meio kkkk e fazer um blog tbém... me aguarde!!!!

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