terça-feira, 11 de julho de 2017

A valsa da mulher



Na bandeja
de prata,
"petit" ciúmes.

Estável,
ele dela
consome
instantes,
na estante
sala de estar.

Estanque
na dúvida
renitente,
uma obsessão
máscula.

Por trás
da gargantilha
esfuziante,
a garganta fosca,
átona,
desmusicalizada.

No feixe brilho
do espelho,
um homem lápide,
que vê de si,
lá, o dó.
E uma mulher ao lado.

Nos pés dessa mulher,
sapatos baixos de fuga.






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