Foi então
que ele me disse
assim:
"Não tenho
sonhos partidos,
porque
eles são educados
por mim.
Aos meus sonhos
ensino sequência:
tudo começa,
tem meio
e tem um fim.
Não tenho
sonhos soltos,
tampouco os aturo.
Aos meus sonhos
instruo prazo
de permanência:
há um passado,
o presente
e um futuro."
Eu, azoada,
sabe o que fiz?
Levantei-me e saí.
Achei enfadonho.
Afinal,
não sou mulher
para um homem
de amestrados sonhos.
Ainda mais eu
que tenho acolá
um pé de sonho revel
pra aguar.
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