Eu falo
que já vou tarde,
mas tenho olhos
pendurados
na volta.
Eu digo
que já vou indo
e olho para trás.
Levanto-me.
E mais uma vez
tem uma volta
irrequieta em mim.
Entendo.
É que falo
de adeus
com a mesma
incerteza
de quem,
numa corda tesa,
caminha
sobre o abismo.
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