Quando eu solto Barrabás,
te desprendo, meu amor.
Quando solto Barrabás
é a ti que despenitencio.
Que não te enganes:
tu vieste à lança, às pontas.
E pensar em nós foi sempre
doer espinhos na testa.
Quando solto Barrabás,
não é para essa tristeza infinda
de ver nos teus olhos a dor
da libertação que aí se aninha.
É mais, se não apenas;
para tua festa e a minha
de libertar-te desta vida.
Da tua vida de apenado,
da nossa vida de penas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário