quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Novelo sem pontas
Perguntam-me
se acabou.
Não. Sim.
Não sei.
Eu nunca
soube de nada.
Não entendo
de fins.
Sei tão só,
que tuas paredes
ainda povoam
minha casa.
És tranca,
tronco,
quartos
e membros,
além do pó
na minha
(estanque)
sala de visitas.
Fica no fim
do meu corredor,
teu espelho
mais embaçado.
É no teu tapete
que tropeço,
que me arrasto.
É no teu tronco,
que teço teias
sem ver tuas pontas.
É no adocicado
de minhas veias,
que te seivas tonto
sem que vejas o meu fim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário