Que fazes,
pessoa,
tão madrugada
frente à descabida
escuridão
na tua vida?
O tempo escoa.
Mas foge a tempo,
isso é sombra de pilastra.
Liga o néon
dos livros,
acende letras,
cutuca
com vara curta
as estrelas de vidro
dos teus sonhos
para que tilintem;
canta,
assobia,
faz barulho.
Age, desperta
o sol cálido
dos teus sentidos
antes que
um chão de espinhos
forre a passagem.
Antes, pessoa,
que a descrença
_ luzinha tíbia _
que mora
detrás dos montes,
se achegue dissimulada,
e com quem
quer nada, nada,
ocupa o pau oco
onde tuas vontades
se encorujam
e te morre viva,
verdolenga, ainda.
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